Com o maior índice de casos da doença, também se verifica uma alta no número de internamentos decorrentes de complicações do diabetes, que entre 2004 e 2013 cresceu 26,64%. Dois anos atrás, haviam sido 9.198 internações, o que dá uma média de 25 internações por dia.

Um dos complicadores desse quadro é o fato de a doença ser silenciosa. No Brasil, por exemplo, metade das pessoas não sabem que têm diabetes. Isso acontece porque os sintomas da doença só começam a aparecer quando a glicose está acima de 200 mg/dl.

No começo, geralmente o diabetes não tem sintoma nenhum. Só quando o nível de glicose está muito alto é que a pessoa começa a ter muita sede, fome, emagrece e começa a ir muito ao banheiro, afirma a endocrinologista Juliana Filus Coelho. É muito difícil alguém descobrir que tem a doença sem fazer exame, porque quando a glicose está entre 100 e 150 mg/dl, mesmo com o organismo já sendo prejudicado, a pessoa não vai ter sintoma nenhum, complementa ela.

O diagnóstico precoce da doença, contudo, é essencial para garantir a qualidade de vida do paciente. Fazer o tratamento desde o início, inclusive, pode reduzir em 76% o risco de cegueira (retinoplatia), em 56% o risco de complicações neurológicas (como acidente vascular cerebral) e em 54% o risco de complicações renais.

O ideal é que a pessoa faça exames de rotina, que é a melhor forma de descobrir se está ou não com diabetes. O exame de glicemia é o principal, mas existem outros, como o de insulina e hemoglobina, explica a endocrinologista. O diagnóstico precoce da doença é importante para começar o tratamento cedo, adiando assim o uso da insulina e se prevenindo das complicações, que podem afetar a visão, rim e coração, finaliza Juliana Coelho.