Mães e pais costumam sofrer com a escolha do pediatra de seus filhos. São muitas as preocupações em torno da questão já que este é o médico que vai orientar a família desde o primeiro dia de vida de uma criança até a adolescência.
Para ajudar neste processo, Dr. José Luiz Setúbal, pediatra do Hospital Infantil Sabará, dá algumas dicas gerais que podem nortear a escolha acertada.

Formação e especialização
No Brasil, os pediatras passam por graduação de seis anos em Medicina e depois por residência ou especialização em pediatria de pelo menos mais dois anos. Por isso, os pais devem estar atentos aos registros:
1) Para o exercício da profissão o médico deverá estar registrado no Conselho Regional de Medicina e ter o título de especialista dado pela Sociedade Brasileira de Pediatria ou alguma de suas afiliadas ou outras sociedades que tem especialidades pediátricas;
2) É possível buscar nomes e informações de pediatras qualificados nos sites da
Sociedade Brasileira de Pediatria; da Sociedade de pediatria de São Paulo e do Conselho Regional de Medicina de São Paulo;
Conversa com o pediatra
3) Os pais podem ligar para o consultório dos pediatras que pesquisaram ou receberam indicação de amigos e parentes. A recomendação é ser transparente: explique que está procurando um pediatra para seu filho e que gostaria de informações sobre o médico, sua formação, bem como os procedimentos gerais do consultório. Aqui está uma lista geral que pode ajudar no primeiro contato:

-Onde cursou a residência/especialização médica?
– É Pós-graduação? Tem outros títulos ou especializações?
– Atende em algum hospital?
– Atende o paciente se precisar de internação?
– Atende em maternidade?
– Trabalha com planos de saúde?
– Como faz quando sai de férias ou em finais de semana?
– Faz vacinas no consultório?
– O consultório está convenientemente localizado?
– É facilmente acessível por carro ou transporte público?
– Qual é a política do médico para atender e retornar telefonemas?
– Há uma enfermeira do escritório que pode responder a perguntas de rotina?
– Existe outro médico para cobri-lo quando necessário médico?
– Quem responde as chamadas de telefone quando o consultório está fechado ou durante as férias?

4) Observar a postura do profissional e notar se há um interesse genuíno do médico pelos problemas de seu filho;

5) Ter a percepção geral do ambiente: o médico e equipe do consultório foram amigáveis e atenciosos? Demonstram compaixão e paciência?;

6) Checar como funcionam consultas em caso de doenças agudas. O consultório permite atendimento no curto prazo se o seu filho precisa do pediatra por causa de uma dor de garganta ou infecção mais sérias, por exemplo?

7) Perceber como o médico se comunica: se com clareza, usando a linguagem do leigo (sem jargões médicos) para explicar as doenças e tratamentos. Note se ele se esforça para assegurar que todas as suas perguntas são respondidas;

8) Verificar previamente quais são os valores usuais do médico para as visitas à criança doente, exames de rotina e imunizações.