LUCAS VETTORAZZO E FELIPE DE OLIVEIRA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Localizados em andares diferentes de um prédio comercial no centro do Rio, os escritórios do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública foram invadidos na madrugada desta segunda-feira (27) e tiveram mesas e gavetas reviradas.
De acordo com o delegado adjunto da 5ª DP (Delegacia de Polícia), Marcelo Carregoza, a polícia trabalha com a hipótese de que os invasores procuravam algo específico. Ainda não se sabe se algum processo ou documento importante foi levado dos locais.
O Gate (Grupo de Apoio Técnico Especializado), que formula pareceres técnicos sobre processos de lavagem de dinheiro e corrupção, funciona no escritório da Promotoria.
Segundo a Folha apurou, os invasores não levaram objetos de valor -como computadores e laptops- do escritório da Promotoria, no 11º andar. Da Defensoria, que funciona no 6º andar, cerca de R$ 800 foram levados.
Segundo o delegado, nenhum outro andar do prédio foi invadido. Para ele, é possível que os invasores tenham furtado os R$ 800 para ocultar o real interesse da investida.
Carregoza disse que o Ministério Público fará um inventário dos processos para ver se algo está faltando.
A preocupação é com os processos do Gate, que reúne dados obtidos por meio de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de pessoas investigadas.
O Gate auxilia os promotores na elaboração de cálculos judiciais, análise de despesas públicas, verificação do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e das despesas mínimas constitucionais com educação e saúde. O grupo checa ainda irregularidades em licitações e apura problemas apontados pelos Tribunais de Contas do Estado e dos municípios.
Procurada, a assessoria do Ministério Público informou que nada foi levado do escritório.