Comprar pela internet é uma opção que vai além da comodidade: os mesmos produtos saem, em média, 47% mais baratos se comparadas as lojas virtuais com as físicas. É o que conclui uma pesquisa feita pela MultiFarmas (www.multifarmas.com.br), plataforma de análise de preços do setor, com as redes Droga Raia, Drogasil, Minas Brasil, Onofre e Ultrafarma.

O levantamento levou em consideração os dez produtos líderes de buscas na MultiFarmas. Como base para comparação, foi registrado o preço mais baixo disponível para cada um dos itens cotados, sem distinção de laboratórios fabricantes. O resultado contrapõe apenas os valores entre as lojas físicas e online da mesma rede.

Em todos os casos, os e-commerces apresentaram valores mais baixos. A diferença mais gritante foi a do Fluconazol (150 mg, com 1 cápsula) na Droga Raia: R$ 3,51 na web contra R$ 24,08 na rua, uma variação de 586%. Se consideradas todas as redes, a redução mais significativa é a do Tandrilax (30 cápsulas). A média da diferença entre as lojas físicas e virtuais dos cinco varejistas fica em 133%. O menos contrastante, por sua vez, é o Bepantol Baby (30 g, creme): em quatro das farmácias o preço não varia e na Minas Brasil ele é 19% menor na internet.

Esses dados indicam que, mesmo que o consumidor tenha uma rede de preferência, ainda assim vale a pena ir na internet em busca do melhor preço, diz David Almeida, sócio da MultiFarmas. Para ele, muitas pessoas acreditam que essa diferença some quando o frete é incluso na conta, mas isso não é verdade. A maioria das farmácias oferece entrega grátis a partir de certo valor. Além disso, mesmo quando cobram, é um valor muito pequeno, insignificante perto da economia obtida com a compra online, é só fazer as contas e ver para crer, explica.

David chama atenção, ainda, para um fato inusitado revelado pelo levantamento. O site da Onofre não tinha três dos itens pesquisados. Por outro lado, era o único que oferecia a Amoxicilina (400 mg, solução 100 ml) – presente nas lojas físicas de todos os varejistas. As farmácias também precisam avaliar melhor a sua participação na internet, e entender os hábitos dos consumidores para não deixá-los na mão. Hoje em dia esse tipo de dado é vital para conquistar o mercado farmacêutico., afirma o especialista.