THAIS BILENKY
NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – Um assessor de Donald Trump, pré-candidato republicano à Presidência dos EUA, pediu desculpas por ter dito que, “por definição”, não se pode considerar estupro algum ato eventualmente não consentido entre duas pessoas casadas.
Michael Cohen afirmou que seu comentário foi feito em um momento de choque e irritação diante de uma reportagem do site “Daily Beast”.
A publicação afirma que Ivana Trump, ex-mulher de Trump, teria relatado ter se sentido sexualmente violentada pelo ex-cônjuge e chegou a usar o termo “estupro”.
Cohen saiu em defesa do magnata. “Você está falando do primeiro colocado do Partido Republicano na disputa presidencial e de um indivíduo que nunca estuprou ninguém”, disse o assessor ao “Daily Beast” na segunda-feira (27).
E completou: “E, claro, por definição, você não pode estuprar a sua mulher”.
Na terça (28), ele mudou o discurso. Disse que ficou “chocado e bravo” com a acusação, o que o levou a fazer um comentário inadequado.
Cohen afirmou não acreditar no que ele tinha dito anteriormente e pediu desculpas.
O assessor não é oficialmente membro da campanha presidencial, que procurou se distanciar da polêmica. Disse que Trump desconhece e discorda dos comentários.
A campanha também veiculou nota de Ivana em que ela teria desqualificado a reportagem. “Eu li alguns comentários atribuídos a mim 30 anos atrás num momento de muita tensão durante meu divórcio de Donald. A história não tem mérito nenhum”, teria dito.
Pouco depois de anunciar sua pré-candidatura à Presidência, Donald Trump disse que mexicanos que entram nos Estados Unidos ilegalmente são criminosos e estupradores.
O comentário provocou a ira de eleitores e deu início a uma sucessão de polêmicas envolvendo o pré-candidato.