MARCEL RIZZO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Conmebol enviou a seus associados detalhes de processo de reforma que pretende fazer após o escândalo de corrupção que assolou a entidade.
Entre as promessas de mudança estão a de divulgar os salários do presidente e dos membros do comitê executivo e de fazer licitações para fechar acordos comerciais, principalmente para a venda dos direitos das competições organizadas pela Conmebol.
A suspeita de que dirigentes da entidade receberem suborno de empresas de marketing esportivo para fechar acordos de televisionamento e direitos comerciais levou cartolas sul-americanos, entre eles o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, à prisão.
A direção da Conmebol prometeu também contratar uma empresa de consultoria para acompanhar as licitações e contratos comerciais que a entidade firmar a partir de agora.
Nesses acordos, a Conmebol pretende incluir cláusulas anticorrupção.
Outro detalhe do documento aprovado na Rússia, e que remete ao possível recebimento de propina por parte de dirigentes da entidade, é a elaboração de uma política anti-suborno e prevenção de eventuais conflitos de interesse que seus membros possam vir a ter com empresas que tenham contrato com a entidade.
O documento com as propostas foi aprovado na reunião do comitê executivo realizado na última sexta-feira (24), em São Petersburgo, na Rússia, onde no dia seguinte foi sorteada a tabela dos jogos das eliminatórias para a Copa-2018.
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, membro do comitê executivo da Conmebol, não viajou. Quem o representou foi Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, que tem um cargo no departamento de competições na entidade sul-americana.