Policiais civis de todos os distritos de Curitiba fizeram, no final da tarde de ontem, uma grande carreata para homenagear o policial Nielsen Custódio da Silva, morto durante um assalto a um restaurante na noite de terça-feira. Mais de 100 veículos participaram da homenagem, que partiu do Cemitério Municipal e foi até o Atuba. Neste ano, são pelo menos cinco policiais civis e militares mortos em confronto com bandidos.
No dia 7 de janeiro o investigador Renato Stadler, de 41 anos, foi assassinado ao tentar evitar um assalto a uma loja de celulares no Fazendinha, em Curitiba. No dia 3 de fevereiro foi o sargento da Polícia Militar, Marcos Pereira de Lima, de 50 anos, que estava de folga quando foi executado em casa com um tiro na nuca enquanto dormia. Em 19 de maio, o cabo Argeu Correia de Souza, de 35 anos, foi encontrado morto na sua casa com um tiro no peito e outro na cabeça. No dia 10 de julho, o policial civil José Miguel Portes foi encontrado morto em um quarto de hotel em Santa Mariana, no norte do Paraná.
Último caso — De acordo com informações apuradas pela polícia, Nielsen estava no estabelecimento, quando quatro homens entraram no local e deram voz de assalto. Ao pegar os pertences das vítimas e perceber que Nielsen era policial, um dos suspeitos atirou no peito do investigador que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O investigador de 36 anos era lotado na Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), e era natural do Rio de Janeiro, onde seu corpo foi encaminhado para sepultamento. Nielsen iniciou sua carreira na Polícia Civil em agosto de 2010. O investigador passou pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), Delegacia do Meio Ambiente (DPMA), Delegacia de Campo Largo, 8º Distrito Policial (DP) de Curitiba e Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), onde estava lotado.
O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), tomou frente das investigações e está empenhado no caso para identificar e prender os autores do crime. Câmeras do circuito de segurança do local e das proximidades já foram solicitadas para dar continuidade nas investigações.