SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os destroços de avião encontrados nesta quarta-feira (29) no oceano Índico, próximo à ilha de Reunião, serão levados para a França, onde será verificado se fazem parte do voo MH370, afirmou nesta quinta o premiê da Malásia, Najib Razak.
Uma peça que se assemelha a um pedaço de asa do modelo Boeing 777 foi encontrada ilha de Reunião, na África, a a 6.500 quilômetros do local onde o voo da Malaysia Airlines desapareceu há mais de um ano, supostamente perto do Vietnã.
“A localização é consistente com as análises de deslocamento das equipes da Malásia, que apontavam uma rota do sul do oceano Índico para a África”, acrescentou Najib.
Os destroços encontrados serão levados para a cidade de Toulouse, no sul da França, onde há um escritório da BEA, agência francesa responsável por investigações de acidentes aéreos.
“EVIDÊNCIA IMPORTANTE”
Segundo a Austrália, que participa das operações de resgate do voo MH370, os destroços encontrados nesta quarta são uma “evidência importante” para as buscas.
“É a primeira evidência real de haver uma possibilidade de que uma parte da aeronave tenha sido encontrada”, disse o vice-premiê australiano, Warren Truss, cujo país lidera os esforços de busca pelas partes avião. “É muito cedo para fazer um julgamento, mas certamente estamos tratando isso como um evidência importante.”
Caso seja confirmado como parte do Boeing 777 desaparecido, especialistas tentarão traçar sua rota para estabelecer de onde os destroços podem ter saído, embora tenham advertido que era improvável ajudar na localização final da aeronave para além do vasto leque de oceano na Austrália, que tem sido o foco da busca por meses.
“Este destroço estava na água -caso seja do MH370- por mais de um ano, então pode ter se locomovido para tão longe que não será útil em rastrear precisamente onde a aeronave está”, acrescentou Truss.
O desaparecimento em 8 de março de 2014 do Boeing 777 da Malaysia Airlines continua a ser um dos maiores enigmas da história da aviação civil.
O avião, que havia partido de Kuala Lumpur com destino a Pequim com 239 pessoas a bordo, desapareceu uma hora após a decolagem e nunca foi encontrado.