MARIANA CARNEIRO
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – A dez dias das eleições primárias na Argentina, as pesquisas de intenção de voto mostram o candidato governista Daniel Scioli quase 9 pontos percentuais à frente do segundo colocado, Mauricio Macri (PRO).
Pesquisa da Management & Fit aponta que Scioli tem 35,3% das intenções de voto, seguido de Macri, com 26,5%.
Em terceiro lugar aparece o peronista dissidente Sérgio Massa, com 11,8%, seguido pelo também peronista José Manuel De la Sota, com 6,3%.
Os indecisos somam 7,3%.
Em um cenário definitivo, ou seja, superadas as divisões internas das primárias, o placar fica mais apertado para o governista, indicando uma concentração de votos da oposição para Mauricio Macri.
Neste caso, Scioli agregaria poucos votos a mais. Ele aparece com 35,5% dos votos, e Macri, com 31,1%. Esse resultado levaria um a disputa a um segundo turno, algo inédito na política argentina.
Para vencer em primeiro turno, um candidato tem que somar mais de 40% dos votos e apresentar uma diferença superior a 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado.
Os números indicam que Scioli registrou uma oscilação negativa entre junho e julho, quando o percentual de votos recuou de 36,9% para 35,5%.
A variação, porém, está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Macri apresentou uma leve variação negativa, de 31,6% para 31,1%, também dentro da margem de erro da pesquisa.
OUTROS NÚMEROS
Outra medição divulgada nos últimos dias foi da consultoria Giacobbe y Asociados, que mostra um quadro mais disputado.
Nela, Scioli aparece com 36,1% das intenções de voto nas primárias, Macri, com 29,5% e Massa, com 13,5%.
Em um horizonte de votação definitiva, ou seja, superadas as disputas internas entre os candidatos em seus partidos, novamente Macri parece concentrar os votos da oposição.
Neste caso, Scioli aparece com mais capacidade de agregar votos de outros políticos. Ele aparece com 37,8% dos votos, e Macri, com 33,1%.
A Giacobbe y Asociados entrevistou pessoalmente 1.500 pessoas entre junho e julho.
A pesquisa também mostrou que aumentou a avaliação positiva da presidente Cristina Kirchner, de 24,2% para 38,7%, entre março e julho.