Desde as 18h30, alguns sócios do Coritiba já estavam aguardando na entrada do Restaurante Madalosso. Ansiedade para rever os ídolos do Coxa que conquistaram o título de 1985 e poder viver alguns momentos da glória coxa-branca.

Um sentimento dividido com outros tantos que estiveram no local e para acompanhar a cerimônia de comemoração de 30 anos do primeiro campeonato brasileiro conquistado por um time paranaense.

“Eu acompanho todos os jantares do Coritiba porque eu gosto de prestigiar o clube. Em 1985 eu era bem mais nova (risos) mas eu lembro eu e meu irmão descendo a Emiliano Perneta para comemorar na Marechal. Foi um dia de grande alegria”, apontou Raquel Humenhuk, sócia do clube há dez anos.

Aos poucos o salão do restaurante vai enchendo, com todos esperando o momento de prestigiar os ex-atletas e saudá-los novamente. “Comprei ingresso hoje à tarde assim que soube pela propaganda no site, pois eu sempre acompanho por lá. Eu tinha 10 anos de idade e eu acompanhei na Avenida das Torres a chegada do time no meio da multidão. Eu vim recordar esse momento vivido pelo Coritiba!”, destacou o sócio Luis Schwanke, que ainda deixou um recado aos ex-atletas: “Vocês representam um exemplo de garra, jogavam por amor!”.

Em 31 de julho de 1985, o Coritiba foi campeão brasileiro ao derrotar o Bangu, nos pênaltis. Houve apenas uma partida para a decisão, no Maracanã, e o placar ficou em 1 a 1 após o tempo normal e a prorrogação. O caminho coxa-branca até lá não foi nada fácil. O toque de Ênio Andrade, contratado na 5ª rodada após a saída de Dino Sani, reconduziu o time, que passou a impor um futebol forte, competitivo, com pinta de campeão.

Corinthians, Santos, Flamengo e Atlético-MG ficaram pelo caminho, sobrando apenas o emergente Bangu e um Rio de Janeiro inteiro mobilizado. Contra tudo e contra todos, deu Coritiba. O gol de Índio no tempo normal, as defesas de Rafael, o pênalti perdido por Ado e os seis convertidos pelo Coxa garantiram o título. Cenas que vivem até hoje na cabeça de quem ainda não era nascido.