FLÁVIA FOREQUE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – “Qual será a importância dessa fórmula matemática para minha vida? Pra que tantas regras de português?”
Perguntas como essas devem ser respondidas, segundo o Ministério da Educação, a partir da construção de um currículo nacional. Na quinta feira (30), a pasta lançou um portal para receber sugestões de redes de ensino, organizações da sociedade civil e indivíduos.
A ideia é que esses grupos possam indicar a inclusão, exclusão ou alteração de trechos da base nacional comum a partir de 15 de setembro, quando será publicada uma proposta inicial para o currículo nacional, em elaboração pelo MEC. O documento deve trazer o conteúdo a ser ensinado em sala de aula, da educação infantil ao ensino médio.
A partir de agora, os interessados poderão fazer apenas o cadastro no site (http://basenacionalcomum.mec.gov.br/).
“É um grande canal de comunicação e é a partir dele que vamos conversar com o Brasil inteiro”, disse o secretário da Educação Básica do MEC, Manuel Palacios. O secretário-executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa, ponderou que o ministério não pode ter a “prepotência” de apresentar um documento já definido.
Para o ministro Renato Janine (Educação), a base vai permitir a discussão sobre temas como formação de professores e elaboração de material didático. “Ela se tornou o pivô de várias medidas que são absolutamente essenciais para melhorar a educação básica”, afirmou em evento de lançamento do portal.
A ideia do MEC é coletar sugestões até dezembro deste ano e, em março de 2016, entregar o documento ao CNE (Conselho Nacional de Educação). A partir daí, o objetivo é ter um texto aprovado pelo governo federal em junho do ano que vem.