SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seus apoiadores começaram a explorar ativamente a possibilidade de entrar na campanha presidencial -a entrada abalaria o campo democrata e colocaria uma ameaça direta à Hillary Clinton-, informaram ao “New York Times” várias fontes ligadas a Biden.
Segundo o jornal, conselheiros de Biden começaram a se aproximar de líderes democratas e doadores que ainda não se comprometeram com Hillary Clinton ou que têm se preocupado com o que pensam ser crescentes vulnerabilidades dela como candidata.
No sábado, a colunista do “NYT”, Maureen Dowd, publicou que Biden tem feito reuniões em sua casa, “conversando com amigos, familiares e doadores” sobre concorrer com Hillary em Iowa e New Hampshire, os dois primeiros Estados de indicação.
Um apoiador de longa data de Biden disse que o vice-presidente ficou bastante tocado pelo desejo de seu filho de que entrasse na corrida pela presidência -Beau Biden, de 46 anos, morreu por causa de um tumor cerebral em maio deste ano.
“Ele era tão próximo de Beau e foi tão devastador que, francamente, eu pensei inicialmente que ele não teria o coração”, disse Michael Thornton, um advogado de Boston apoiador de Biden, em entrevista. “Mas eu tive indícios de que ele talvez não quisesse, e ‘isso’ é o que Beau gostaria que eu fizesse.”
O caminho de Biden, se ele decidisse pela corrida, não seria fácil. Clinton tem enorme suporte de democratas, inspirados pela ideia de eleger uma mulher presidente. Além disso, sua campanha já arrecadou milhões de dólares.
Ainda de acordo com o jornal, um democrata com conhecimento direto das conversações descreveu a divulgação como uma combinação engenhosa de doadores e amigos de Biden querendo promover o vice-presidente em momentos obscuros, reforçados pelas recentes pesquisas que mostram queda no apoio a Hillary, sugerindo que poderia haver um caminho possível para a Casa Branca na nomeação do vice-presidente.