TONI SCIARRETTA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Maior banco privado brasileiro, o Itaú Unibanco teve crescimento zero no volume de empréstimos do primeiro para o segundo trimestre de 2015, período de recessão na economia brasileira.
Diante da queda na demanda por crédito, os financiamentos para empresas foram os mais afetados com retração de 3% na comparação com o trimestre anterior -de R$ 304,409 bilhões para R$ 295,384 bilhões.
Para os clientes pessoa física, o volume de financiamentos somou R$ 187,318 bilhões em junho -mesmo patamar dos R$ 187,286 bilhões de março. Os empréstimos para aquisição de veículos recuaram 9,7% no período.
“O que a gente vê no crédito é um espelho da demanda. Quem queria comprar um veículo repensa ou atrasa essa decisão em função da maior incerteza se terá emprego. As empresas estão mais renovando os empréstimos, não tem ampliação. A mudança na atividade é para menor necessidade de estoques e de produção”, disse Marcelo Kopel, diretor de relações com investidores do Itaú.
Na América Latina, o crescimento do crédito entre o primeiro e o segundo trimestre foi de 1,3% em moeda local. Com o efeito da desvalorização cambial, houve retração de 5,2% no volume desses empréstimos.
O banco divulgou nesta terça-feira que seu lucro cresceu 22,1% no segundo trimestre do ano, para R$ 5,984 bilhões.