PAULO ROBERTO CONDE, ENVIADO ESPECIAL
KAZAN, RÚSSIA (FOLHAPRESS) – Decorridos três dias de provas no Mundial de Kazan, na Rússia, a principal potência mundial da natação é também a maior decepção.
Os Estados Unidos têm tido um desempenho catastrófico na competição, sobretudo no naipe masculino. Após as finais desta terça (4), os homens haviam conquistado apenas uma das quatro medalhas do país, com um bronze de Matt Grevers nos 100 m costas.
Nem mesmo esse pódio pôde ser comemorado. Grevers, que é atual campeão olímpico da prova, ficou meio segundo longe de seu melhor tempo.
“Perder no final foi realmente decepcionante”, disse ele, que liderou a prova até perder posições para o australiano Mitch Larkin (ouro) e o francês Camille Lacourt (prata).
A frustração não parou com Grevers. Ryan Lochte, detentor de 11 medalhas olímpicas, acabou fora do pódio na final dos 200 m livre, para a qual se classificara com a melhor marca. Ele também fora campeão mundial da distância em 2011.
O início do baque começou no domingo (2), quando o revezamento 4 x 100 m livre nem sequer passou da eliminatória.
“Sabemos que não é a competição mais incrível que a equipe americana já teve. Mas o que conta é o que nós vamos fazer no próximo verão, nos Jogos do Rio. Isso é um ensaio”, afirmou Tyler Clary, ouro nos 200 m costas em Londres-2012 e que nesta terça parou na semifinal dos 200 borboleta.
A natação americana tem 520 pódios olímpicos e é quem mais triunfou em Mundiais. Em Kazan, apenas as mulheres têm salvado a honra: elas levaram três das quatro medalhas do país.
Nesta terça, Katie Ledecky foi ouro nos 1.500 m com novo recorde mundial, mas os EUA eram apenas os quarto colocados no quadro de medalhas.