PAULO ROBERTO CONDE, ENVIADO ESPECIAL
KAZAN, RÚSSIA (FOLHAPRESS) – O balizamento da segunda série eliminatória do revezamento 4 x 100 m medley misto do Mundial de Kazan, nesta quarta-feira (5), apontava para um tal de “Team Fina”.
Fina é a Federação Internacional de Natação, entidade que rege os esportes aquáticos em nível mundial, e jamais se soube que tem uma representação competitiva.
E não tem. O chamado “Team Fina”, na verdade, era composto de nadadores de Sri Lanka, país que está suspenso devido ao fato de a Fina não ter aprovado a eleição do novo comando da federação nacional após eleição realizada entre maio e junho.
O pleito teria violado normas da diretiva da Fina. Por estar suspenso, o Sri Lanka não pode estar representado no Mundial. Mas, como a Fina não quer prejudicar os atletas, abre espaço para que eles compitam sob sua bandeira.
O “Team Fina” terminou sua eliminatória em 4min19s24 -bem atrás dos EUA, donos do melhor tempo de classificação, de 3min42s33-, e apenas na 22ª posição geral.
Kimiko Raheem, Machiko Raheem, Matthew Abeysinghe e Cherantha de Silva pouco se importaram com o tempo, mas reconheceram que não ter bandeira incomoda.
“Não competir com sua bandeira é diferente. Eu diria até estanho. Normalmente, estou acostumada a vê-la no placar, com nosso nome. É um pouco decepcionante”, afirmou Machiko, ressaltando os atletas também vão nadar provas individuais e o outro revezamento misto, o 4 x 100 m livre.
“É um pouco decepcionante, mas nos mantemos unidos como equipe e felizes com a oportunidade de competir com outros países”, emendou Cherantha.
É praticamente impossível, mas se um dos nadadores conquistar alguma medalha de ouro em Kazan, nem mesmo o hino nacional poderão ouvir. A Fina também o veta enquanto uma nação estiver suspensa. Neste caso, seria executado o hino da própria entidade.
Todos eles disseram ter esperança de competir nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. “Esperamos que até os Jogos do Rio esteja tudo acertado”, comentou Matthew.
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