A diminuição da produção hormonal não é uma exclusividade das mulheres. Mais lenta e gradual do que a que acontece nas mulheres quanto ao estrógeno, a queda no público masculino diz respeito principalmente à testosterona, tendo sintomas mais brandos e de aparecimento mais vagaroso. É o que afirma Myrna Campagnoli, endocrinologista e integrante do corpo clínico do Laboratório Frischmann Aisengart.

De acordo com a médica, a redução da testosterona acontece com praticamente todos os homens, predominantemente depois da quarta década de vida, e pode ocasionar riscos à saúde como o aumento de doenças cardíacas e osteoporose, assim como a piora geral da qualidade de vida, acarretando sensação de fadiga persistente, redução da força física e da libido. Não existem ganhos, mas as perdas ligadas à redução da testosterona têm intensidades e sintomas diferentes de homem para homem, sendo que alguns até podem nunca apresentar sinal algum, explica.

Mas a endocrinologista revela que, em geral, após os 60 anos a produção de testosterona é baixa o suficiente para que quase 30% dos homens apresentem algum sintoma. Para este público ou para quem tenha outros fatores de risco para doença cardiovascular e óssea, como uma história familiar, é indicada a reposição hormonal. No entanto, a reposição não deve ser feita em pacientes com câncer e deve ser usada com muita cautela em indivíduos com doenças crônicas do fígado, do rim e em diabéticos. Por isso, é essencial o acompanhamento regular com o endocrinologista e com o urologista, alerta.

Outra recomendação da Dra. Myrna é para que os cuidados passem a ser tomados pelos homens desde a infância até a terceira idade, pois cada faixa etária poderá ter maior ou menor incidência de determinadas alterações. A redução da testosterona, especificamente, é mais comum depois dos 40 anos, mas em algumas situações pode acontecer de forma precoce, exemplifica.