Os funcionários da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab-CT) entrarão em greve nesta quinta-feira (20) pelo não atendimento ao pedido de manutenção do acordo coletivo com correção da inflação de 8,76%.
A paralisação, por tempo indeterminado, foi definida em assembleia do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) e demais sindicatos nesta segunda-feira (17), e deve atingir a 100% dos serviços. A negociação com a empresa vem se estendendo desde o início de junho sem avanços por parte da Cohab.

Em assembleia do último dia 4 de agosto, os funcionários já haviam recusado proposta da empresa, que previa redução de benefícios dos trabalhadores garantidos em acordos anteriores, como o pagamento de valor equivalente a um bloco e meio de vale-alimentação.

Em nova oferta a Cohab retrocedeu às negociações com os sindicatos, propondo outra redução do valor referente ao vale-alimentação, além de retirada da extensão do reajuste de 8,76% para os demais itens do acordo coletivo, mantendo apenas para os salários.

A diretoria da Cohab tem se demonstrado irredutível ao longo da negociação com os sindicatos. Enquanto os funcionários se demonstraram sensíveis ao momento de cortes de gastos no município, pedindo apenas a manutenção do acordo com a reposição inflacionária, a empresa continua batendo, em todas as propostas, na redução dos direitos dos funcionários, afirma Grassmann.

Na próxima quarta-feira (19), os funcionários da Cohab realizarão nova assembleia para definir as formas de atuação na greve e as manifestações em frente a sede da empresa em Curitiba e nas regionais. A assembleia será conduzida pelo Senge-PR, pelo Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná (SindArq), pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícia, Informações, Pesquisas e em Empresas Prestadoras de Serviços do Paraná (Sindaspp) e pelo Sindicato dos Assistentes Sociais do Paraná (Sindasp).