CAMILA MATTOSO E MARCEL RIZZO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A CBF entrou com um processo no STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar de ter de enviar à CPI do Futebol, no Senado, as movimentações financeiras feitas pela entidade. A Comissão Parlamentar de Inquérito solicitou a demonstração de todos os repasses feitos para as federações estaduais e os dirigentes esportivos de cada uma das filiadas.
O pedido está com o ministro Marco Aurélio Mello, que deve dar uma decisão nos próximos dias.
A entidade também quer impedir que os contratos com parceiros comerciais, para direitos de transmissão e acordos com empresas que cuidam ou cuidaram dos jogos da seleção, também sejam revelados para a CPI, como pediu a comissão em requerimento aprovado.
Esse é o segundo processo aberto no STF relacionado com a investigação aberta pelo Senado. Na quarta (26), a entidade recorreu contra o pedido de quebra de sigilos bancário e telefônico do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.
O requerimento por informações relativas à movimentação dos recursos financeiros e de bens de serviço da entidade para federações e dirigentes é relativo ao período de janeiro de 2005 a janeiro de 2015. A intenção da CPI é investigar como os repasses podem influenciar politicamente dentro da entidade.
A CBF ajuda anualmente cada federação filiada, com valores que variam de R$ 700 mil a quase R$ 2 milhões. Os presidentes das federações também recebem uma espécie de salário da confederação, de R$ 15 mil.
Por meio do departamento de comunicação, a CBF informou que não comentaria o pedido.