Os empresários paranaenses do comércio, integrantes dos 61 sindicatos filiados à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), rejeitaram de forma enfática, em reunião nesta sexta-feira (28), a volta da CPMF, que vem sendo articulada pelo governo federal.

Em um momento de crise, em que as vendas vem caindo sistematicamente, não se pode admitir a aprovação de mais um imposto, que impacta diretamente no comércio, declarou o presidente da Fecomércio PR, Darci Piana.

Para Piana, há outras medidas a serem tomadas pelo governo. É necessário que o governo corte custos, diminua a estrutura burocrática, elimine cargos em comissão, aliene ativos, mas que não venha jogar nos ombros dos empresários do comércio este fardo pesadíssimo que é de sua exclusiva responsabilidade, completou.

A Fecomércio PR agrega mais de 500 mil empresas, respondendo por 64% do OIB paranaense. A rejeição do empresariado do setor contra a nova taxa é unânime. O comentário geral é de que o Palácio do Planalto, ao não conseguir o orçamento para 2016, resolveu aprofundar a recessão, tratando de tirar receita de quem gera empregos. A nova CPMF representa uma pá de cal sobre a nossa atividade, afirmou o vice-presidente da Fecomércio, Ari Faria Bittencourt. Uma ideia nefasta, que não temos como suportar, finalizou.

A Fecomércio PR estuda uma série de medidas para evitar a concretização do projeto. A primeira delas será mobilizar a bancada paranaense na Câmara Federal. Medidas judiciais também estão sob análise.