BRUNO VILLAS BÔAS E GUSTAVO PATU, ENVIADO ESPECIAL RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O consumo do governo -que inclui União, Estados e municípios- surpreendeu no primeiro trimestre com um aumento de 0,7% na comparação ao primeiro trimestre deste ano. Num momento de contenção de gastos federais, parte do mercado esperava uma queda. Nesta terça, o IBGE divulgou que o PIB teve queda de 1,9% no segundo trimestre deste ano. Segundo Rebeca Palis, gerente das Contas Nacionais do IBGE, os gastos do governo com materiais e serviços -papel, luz, telecomunicações- encolheu no segundo trimestre deste ano, em comparação aos três meses anteriores, refletindo a contenção de despesas. “Só que os custos do governo que mensuramos nessa conta inclui a remuneração e benefícios pagos e, esse gasto, continuou subindo”, disse a gerente do IBGE. Em comparação ao mesmo período do ano passado, is gastos do governo recuaram 1,1%. Essa queda foi menor do que a percebida no primeiro trimestre, de 1,5% frente ao mesmo período do ano anterior. O setor externo também teve uma contribuição positiva para o PIB. Com a ajuda do câmbio, as exportações de bens e serviços cresceram 7,5% na comparação ao mesmo período de 2014. Já as importações recuaram 11,7% no mesmo período. Os destaques positivos nas exportação foram o setores de petróleo e carvão, siderurgia, metalurgia e veículos automotores, informou o IBGE. “Mesmo com a queda das commodities, a desvalorização cambial teve efeito maior. O câmbio médio do segundo trimestre deste ano foi R$ 3,07. No mesmo período do ano passado, tinha sido de R$ 2,23”, disse Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE. Na importação, a queda foi concentrada em veículos automotores, equipamentos eletrônicos, máquinas e equipamentos e viagens e transportes (o que inclui passagens aéreas). Os dados refletem a menor demanda interna e aumento do câmbio.