A partir das 14 horas desta sexta-feira, 28, começa na Câmara de Curitiba a audiência pública para discutir o uso do aplicativo Uber, que oferece serviço de transporte alternativo, também conhecido como carona remunerada, a partir de smartphones. A discussão será no auditório do Anexo II, no 4º andar. A iniciativa é da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública.

Segundo o presidente do colegiado, Chico do Uberaba (PMN), é preciso discutir a atuação dos serviços de transporte na cidade. O Uber é um serviço não regulamentado. Quem realiza o transporte na cidade precisa atender todas as exigências legais, explica. O vereador é autor de um projeto de lei que proíbe o uso do aplicativo na cidade.

Foram convidados para participar da audiência pública representantes da empresa Uber, da Secretaria de Trânsito, do Detran, da OAB-PR, de entidades de taxis, deputados estaduais e vereadores. A exemplo do que ocorreu em outras capitais do Brasil, os taxistas de Curitiba prometem fazer uma grande mobilização na sexta-feira.

A Comissão de Direitos Humanos é formada pelos vereadores Chico do Uberaba, na presidência, Beto Moraes (PSDB), Carla Pimentel (PSC), Cristiano Santos (PV) e Sabino Picolo (DEM).

Protesto

Vários taxistas já estão em frente à Câmara Municipal para protestar contra o aplicativo. A categoria acusa a empresa a fazer uma concorrência desleal, uma vez que não pagaria impostos, como fazem os taxistas que atuam na cidade. 

Apesar da polêmica sobre o assunto, o diretor  de comunicação  do Uber no Brasil, Fabio Sabba, afirmou que o mercado de Curitiba não está entre os planos da empresa. Em entrevista exibida pelo jornal Paraná TV 1ª Edição, da RPC, ele declarou que na cidade há uma série de alternativas inovadores para o transporte e mobilidade de passageiros.