SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A polícia tailandesa deteve neste sábado um suspeito de ter participado do atentado à bomba que no dia 17 de agosto deixou 20 mortos em um templo hindu em Bancoc.
A prisão ocorreu por volta de 14h (horário local, 4h de Brasília) em uma batida policial em um apartamento no noroeste da capital da Tailândia.
O suspeito foi identificado como Adem Karadag, com idade entre 20 e 30 anos e portador de um passaporte turco.
No entanto, há a possibilidade de que ele seja um tailandês que tenta se passar por estrangeiro.
Foi a primeira prisão feita pelas autoridades relacionada com o ataque, que não foi reivindicado por nenhum grupo até o momento.
O suspeito “parece com aquele que estávamos procurando”, disse Prawut Thavornsiri, porta-voz da polícia tailandesa. “Também foram encontrados muitos materiais que podem ser usados para fabricar bombas”, disse Thavornsiri.
O ataque, realizado contra o templo Erawan, um dos maiores atrativos turísticos do país e próximo de shoppings e hotéis, deixou 20 mortos, sendo 14 deles estrangeiros, e mais de cem feridos.
A prisão do suspeito encontrado neste sábado foi pedida após imagens de câmeras de segurança o identificarem.
A polícia suspeita que mais de dez pessoas tenham participado do ataque, o maior ato terrorista já realizado no país.
O chefe da Polícia da Tailândia, Somyot Poompanmoung, afirmou que, segundo as investigações, os responsáveis fazem parte de uma organização composta por estrangeiros e tailandeses.
Após a tragédia, que ocorreu no coração comercial da capital, as autoridades afirmaram ser “improvável” que o ataque tivesse sido realizado por grupos terroristas internacionais.
Alguns analistas apontam motivações políticas, colocando como suspeitos a insurgência muçulmana do sul do país ou os Lobos Cinzentos, um grupo radical turco que teria promovido o ataque para se vingar da Tailândia por deportar membros da minoria turca para a China.