SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito Fernando Haddad (PT) reclamou do impacto da crise econômica sobre a administração municipal, em evento neste sábado (29), no Jabaquara (zona sul de SP).
“Uma coisa é ser prefeito com a economia crescendo 5% ao ano. A outra coisa é com a economia encolhendo”, disse Haddad, ao microfone. “Não adianta a gente inventar que está tudo bem, porque nós temos que trabalhar o dobro para conseguir o mesmo resultado.”
Haddad fez as afirmações durante o programa “Prefeitura no Bairro”, que leva serviços municipais principalmente a regiões periféricas da cidade. O projeto foi um meio da gestão aproximar o prefeito da base eleitoral petista, após críticas de que ele havia abandonado a periferia.
Com promessas atrasadas, o prefeito disse no evento que não desistiria das metas que foram comprometidas pela falta de verba. “O importante é suar a camisa. Porque o povo não gosta de time que entra em campo e sai com a camisa seca”, disse.
Além da diminuição de arrecadação, a cidade também é prejudicada pela demora nos repasses do governo federal para obras no município. Eleito com a promessa de ser o prefeito das parcerias com o governo federal, ele obteve até no primeiro semestre só 2% da verba esperada para construção de creches e corredores de ônibus.
Desde o início da gestão, o prefeito vem se queixando de problemas financeiros.
Entre os motivos, estão o reajuste do IPTU que foi barrado pela Justiça e o aumento da passagem de ônibus que foi revertido após protestos em 2013. As duas questões já estão resolvidas.
Recentemente, o prefeito teve outro alívio após o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, dar o sinal verde para que o governo faça um acordo em torno da dívida de São Paulo.
O ministro aceitou os termos propostos por Haddad, para que as parcelas do débito da cidade com a União já começassem a ser pagas com um valor menor.
PAULISTA
Haddad afirmou que a prefeitura pretende propor a realização de uma audiência pública tratar do fechamento da avenida Paulista para veículos aos domingos. A via deve ficar aberta neste domingo (30).
Para que a iniciativa se torne permanente, o prefeito precisa convencer o Ministério Público e lidar com com a associação que reúne moradores, comerciantes e empresários da região da avenida, a Paulista Viva.
Segundo promotores, um acordo com a prefeitura, de 2007, limita a três por ano o número de eventos de duração prolongada e com interrupção da avenida. Neste ano, seriam eles a Parada Gay, a inauguração da ciclovia, evento realizado em junho, e a festa de Réveillon.