SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As autoridades da Tailândia prenderam nesta terça-feira (1º) um segundo suspeito de relação com o atentado a um templo hindu no centro de Bancoc, que provocou a morte de 20 pessoas em 17 de agosto.
Segundo o porta-voz da polícia, Prawut Thavornsiri, o suspeito é estrangeiro e foi detido enquanto tentava atravessar a fronteira com o Camboja. Os agentes, porém, não divulgaram nem sua nacionalidade nem sua identidade.
A polícia afirma que o preso se parece com o homem de camisa amarela flagrado em câmeras de segurança deixando uma mochila embaixo de um banco ao lado do templo Erawan minutos antes da explosão da bomba.
Na versão das autoridades, o explosivo estava dentro da bolsa. As autoridades ainda vão comparar o DNA do homem preso com o material genético recolhido nas motos que ele teria usado para fugir do local do atentado.
O preso foi apresentado à imprensa e interrogado em inglês pelos policiais em Sa Kaeo, onde foi encontrado, antes de ser levado a Bancoc. As autoridades ainda procuram outras sete pessoas, incluindo uma tailandesa e um turco.
A ação não foi reivindicada por nenhum grupo e sua motivação continua a ser um mistério. A polícia agora trabalha com a hipótese de que os autores do ataque têm relação com uma rede de tráfico de pessoas.
Os traficantes seriam responsáveis por levar à Tailândia chineses da etnia islâmica uigur e teriam feito o atentado como uma reação à deportação de centenas de uigures nos últimos meses.
Antes, cogitaram-se duas hipóteses: terrorismo internacional e uma ação de opositores à junta militar que controla o país desde que derrubou a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, em 2014.
ESTRANGEIROS
A prisão acontece quatro dias depois da detenção de outro suspeito estrangeiro em Bancoc. Ele havia entrado no país com um passaporte turco, provavelmente falso. Ele negou qualquer relação com o atentado.
O ataque ao templo Erawan, que deixou também 120 feridos, foi um dos piores da história da Tailândia. No passado, o país havia sofrido com ataques menores provocados por uma minoria separatista, mas nenhum deles tão mortal.
A hipótese de ação vinculada aos uigures ganhou força porque o santuário é popular entre os chineses da majoritária etnia han. Pequim reprime a minoria por considerar que ela tenha relações com o terrorismo islâmico.