A Polícia Federal (PF) indiciou ontem, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula), o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros 12 investigados na Operação Pixuleco, desdobramento da Lava Jato. A PF imputa a Dirceu os crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para Vaccari, formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo o relatório da PF, Dirceu constituiu a empresa JD Consultoria e Assessoria, pessoa jurídica que canalizou parte dos valores ilícitos, assim como parte fora repassada em espécie por ‘operadores’. O esquema de corrupção atribuído ao ex-ministro teria movimentou mais de R$ 59 milhões em propinas. A PF estima que o valor pode ultrapassar os R$ 84 milhões.
Figuraram no quadro societário da JD Luis Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu, e Julio Cesar dos Santos, ‘laranja’ do mesmo, utilizado para ocultação de patrimônio, aponta a Polícia Federal. A PF sustenta que laudo econômico-financeiro apontou que a JD movimentou valores que superam R$ 34 milhões entre 2009 e 2014. Esse período abrange o período em que seu sócio José Dirceu respondia à ação do mensalão.