THAIS BILENKY NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará nesta quarta-feira (2) a liberação de cerca de US$ 25 milhões para ações que visam ajudar tribos nativas a lidar com os efeitos das mudanças climáticas no Alasca. Obama fará o anúncio na cidade de Kotzebue, no norte do Estado americano, tornando-se, assim, o primeiro presidente americano no cargo a visitar comunidades que vivem na região do Ártico. Tribos têm sido obrigadas a deixar as áreas tradicionalmente ocupadas devido à erosão de costas, inundações e degelo. A pobreza entre algumas populações tem aumentado, como no caso de grupos que sobrevivem da pesca. A atividade é uma das mais afetadas pelo aumento na temperatura oceânica. Segundo a Casa Branca, a região sofre um aquecimento duas vezes mais rápido que o resto do mundo. Uma das medidas será a destinação de US$ 2 milhões para uma comissão que auxiliará comunidades costeiras a se mudarem para áreas menos vulneráveis. Também está prevista a reforma e/ou construção de 33 sistemas de abastecimento de água, de US$ 17,6 milhões. O governo trabalha na revisão de regras que facilitarão a inclusão de comunidades rurais em um programa para o aperfeiçoamento da infraestrutura de água potável e de reúso. O Departamento de Energia do governo lançará um concurso que destinará US$ 4 milhões para as melhores estratégias sustentáveis de energia para comunidades isoladas. Obama anunciará uma parceria público-privada que tem como objetivo fazer de Kodiak, no sul do Alasca, a primeira ilha inteiramente (99,7%) dotada de energia limpa. O presidente também afirmará que o projeto de Orçamento a ser apreciado pelo Congresso incluirá a previsão de US$ 14 milhões para os povos do Ártico. Há ainda projetos para desenvolver a resiliência das comunidades, o engajamento de jovens e programas voltados à saúde e moradia, construção de equipamentos comunitários e acesso à internet banda larga. O governo tocará um projeto para facilitar a comunicação de desastres e fará recomendações para reduzir vulnerabilidades em sistemas energéticos tribais.