SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pelo menos 20 pessoas morreram e outras 75 ficaram feridas nesta quarta-feira (2) na explosão de duas bombas em uma mesquita xiita de Sanaa, no Iêmen. A ação foi reivindicada pela filial local da milícia radical Estado Islâmico.
Este é o segundo atentado reivindicado pelos extremistas sunitas a atingir o templo xiita de Moayyad. O recinto religioso é controlado pelos houthis, rebeldes xiitas aliados do Irã que dominam a capital iemenita há um ano.
Segundo a agência de notícias Saba, ligada aos houthis, a primeira explosão foi causada por um homem-bomba dentro da mesquita. O outro carro-bomba chegou quando médicos chegaram para socorrer as vítimas do primeiro ataque.
Em mensagem nas redes sociais, a filial iemenita do Estado Islâmico confirmou o ataque e disse ser uma vingança contra os rebeldes houthis. Os insurgentes sunitas e a milícia sunita se enfrentam em outras regiões do Iêmen.
Esta não é a primeira vez que a filial do Estado Islâmico reivindicam autoria de ataques a mesquitas. O mais grave deles foi uma série de ataques contra bairros xiitas de Sanaa em 20 de março, deixando 137 mortos e 345 feridos.
O crescimento da milícia radical é consequência da instabilidade política no país. Em março, o presidente eleito, Abdo Rabbo Mansour Hadi, exilou-se na Arábia Saudita. Dias depois, a monarquia do golfo Pérsico atacou os insurgentes houthis.
Nas últimas semanas, os houthis perderam espaço no sul do país devido aos bombardeios sauditas e ao avanço de grupos ligados a Hadi. Segundo a ONU, mais de 2.100 civis morreram nos seis últimos meses de conflito.