SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano, os juros médios cobrados das pessoas físicas serão de 126,61% ao ano (ou 7,06% ao mês), segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Em junho, o juro médio ao consumidor cobrado nas operações de crédito também foi de 7,06% ao mês (ou 126,74% ao ano).
Com a Selic neste patamar, é preciso ficar mais atento às contas mensais para não se endividar. “Se o consumidor tiver minimamente percepção do cenário econômico, vai diminuir as compras e evitar dívidas”, afirma Eduardo Mekitarian, professor da faculdade de economia da FAAP.
Para Mauro Calil, especialista de finanças do banco Ourinvest, a principal dica é não entrar em nenhum empréstimo bancário.
“O consumidor deve evitar, a todo custo, pedir dinheiro emprestado para o banco. O melhor é pagar tudo à vista ou, então, utilizar empréstimos somente para compra de bens duráveis, como um imóvel.” Os juros de créditos mais caros para o consumidor, como cartão de crédito e cheque especial, devem seguir elevados.
Mas o momento não é só de pessimismo. Quem conseguir investir terá um bom retorno, aproveitando a taxa alta de juros. A única ressalva é a aplicação em poupança, que deve perder para a inflação no ano. Até julho, a poupança acumulou ganho de 4,5%, ante uma inflação de 6,83% até junho.
Para aproveitar o momento, as melhores opções são CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), títulos públicos ou fundos de renda fixa, afirma Calil.