SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Gil Rugai, 32, ex-seminarista condenado pelo assassinato do pai e da madrasta em março de 2004, foi solto nesta quarta (2) por volta das 17h. Ele vai recorrer em liberdade. Graças à decisão do Tribunal Superior de Justiça (STJ), ele conseguiu habeas corpus nesta terça-feira (1) e foi solto nesta quarta devido a um “grande esforço dos advogados para que tudo pudesse ser agilizado”, de acordo com Marcelo Feller, advogado de defesa do caso. Segundo Feller, ao sair da penitenciária, Rugai foi recebido pelo irmão, Leo Rugai e por dois advogados de seu escritório. INOCÊNCIA Feller diz haver provas que mostram que Gil Rugai é inocente, que seriam registros telefônicos. “Enquanto o crime ocorria, Gil estava ao telefone em seu escritório combinando de encontrar um casal de amigos em uma pizzaria”, relata. Quando perguntado se conseguirá inocentar Rugai, Feller diz que “esse é um dos casos de maior injustiça do sistema judiciário ocorridos no Brasil. Meu papel é lutar pela inocência dele com todas as forças que tenho, porque, hoje, eu defendo um homem que, tenho certeza absoluta, é inocente.” CRIME O empresário Luiz Rugai e a esposa, Alessandra Triotino, foram assassinados a tiros em casa, em março de 2004. Gil Rugai foi acusado de cometer o crime por ter sido afastado da empresa do pai, a Referência Filmes. Ele estaria envolvido em um desfalque de R$ 100 mil e, por isso, teria sido demitido do departamento financeiro. A madrasta o proibiu de movimentar a conta da empresa, segundo o gerente do banco. Rugai estava preso desde 5 de novembro de 2014. Rugai foi condenado a 33 anos e 9 meses de prisão e estava preso desde novembro de 2014 na penitenciária 2 de Tremembé (147 km de São Paulo).