SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um navio da Marinha brasileira resgatou nesta sexta-feira (4) 220 pessoas que tentavam atravessar o Mediterrâneo, “muitos deles extremamente debilitados”, segundo comunicado.

A corveta Barroso se encontrava perto da costa da Sicília, às cerca de 18h30 no horário local (13h30 em Brasília) quando recebeu um pedido do Centro de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC) italiano, informando a existência de uma embarcação com centenas de pessoas a bordo, que tentava chegar à Europa e estava ameaçada de naufrágio. A procedência da embarcação socorrida não foi informada.

Milhares de refugiados saem todos os dias do norte da África em embarcações precárias, em busca de asilo na Europa. A Marinha contou, no total, 220 pessoas resgatadas no total, incluindo 94 mulheres, 37 crianças e quatro bebês de colo. De acordo com a Marinha, a corveta chegou à posição conhecida da embarcação, a cerca de 230 km da costa de Peloponeso, na Grécia, uma hora após o chamado. “O comandante da Marinha do Brasil prontamente autorizou a prestação desse apoio, a fim de salvaguardar a vida daquelas pessoas”, informou a instituição.

O resgate também teve o auxílio de duas embarcações italianas de porte menor. “Tendo em vista a impossibilidade desses navios receberem os migrantes a bordo, a Guarda Costeira italiana solicitou o apoio da Marinha do Brasil, diz a nota. Apesar de ter sido realizada durante a noite, a operação contou com mar calmo, de acordo com a nota divulgada. Todos devem ser levados ao porto italiano de Catânia, na Sicília.

MISSÃO

A corveta Barroso, que havia saído do Rio no último dia 8, se encontrava a caminho do Líbano para participar da Força-Tarefa Marítima da Nações Unidas no país. Atualmente, a função é exercida pela fragata brasileira União, que realiza tarefas de interdição marítima e capacitação da Marinha libanesa. O comando da força-tarefa está a cargo de almirantes brasileiros desde 2011, segundo a Marinha. A corveta Barroso, projetada e fabricada no Brasil, tem 103,5 metros de comprimento e abriga uma tripulação de 191 militares. Ela deve permanecer no Líbano até fevereiro de 2016.