Estamos em 2015 e passados 109 anos do primeiro caso descrito de Alzheimer, a doença continua sem cura e com progressão agressiva em alguns casos. O mal foi diagnosticado pela primeira vez em 1906. Hoje é Dia Mundial de combate ao Alzheimer. Principal causa de demência entre pessoas com mais de 60 anos, o Alzheimer afeta, hoje, cerca de 36 milhões de pessoas ao redor do mundo e aproximadamente 1,5 milhão de pessoas no Brasil.
Os portadores da doença sofrem com alterações de comportamento, desorientação espacial e apresentam dificuldades para realizar tarefas simples do dia a dia, como alimentar-se ou vestir-se sozinha. Não reconhecem mais os amigos nem a família, com o tempo, perdem até mesmo a identidade. Esses sintomas caracterizam estágios mais avançados.
A neurologista do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, Ana Paula Gomes, explica que a doença, apesar de incurável, deve ser tratada para reduzir os sintomas e garantir o bem-estar dos pacientes. O Alzheimer é uma doença que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. Inicialmente, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Até o momento, não existe cura para a Doença de Alzheimer. Os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença., menciona.
Apesar das causas ainda desconhecidas do Alzheimer, a idade parece ser um fator de risco. A especialista cita que mais de 90% dos casos são identificados em idosos. No brasil existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 65 anos de idade. Seis por cento delas são acometidas pela Doença de Alzheimer. A doença é mais comum em idosos, sendo que em jovens os sinais servem de alerta para outros tipos de demências., cita.
Por isso, além da consulta regular com um neurologista, é possível ficar atento para 15 sinais da doença.
No Brasil, os exames mais modernos são capazes de identificar a doença ainda em sua fase inicial. De acordo o especialista, uma das características do Alzheimer é o aumento da concentração de fragmentos de proteínas chamadas beta-amiloide, que começam a desenvolver estruturas tóxicas e a formar placas no cérebro das pessoas afetadas. Por meio de biomarcadores, é possível avaliar a presença de lesões neuronais decorrentes da presença das proteínas. Além disso, tais exames evitam que o Alzheimer seja confundido com outros distúrbios neurológicos relacionados à idade, como a esclerose, por exemplo.