A Controladoria-Geral da União (CGU) solicitou por meio de ofício acesso irrestrito aos documentos e inquéritos da Operação Lava Jato. O pedido do ministério, responsável pelo combate à corrupção no governo federal, foi enviado ao juiz federal Sério Moro, que em 2014 já havia autorizado que a CGU compartilhasse os dados obtidos por meio das investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

De acordo com a assessoria do CGU, a Polícia Federal (PF) havia interpretado que a decisão anterior de Moro dava livre acesso apenas aos documentos produzidos até aquele momento. Por isso, a pasta não conseguiu analisar inquéritos e provas acumulados nos últimos meses.

O pedido da CGU foi enviado a Moro na última quinta-feira e tem como objetivo somar informações à apuração interna que o órgão vem realizando. Entre os alvos de investigações da CGU estão os ex-diretores da Petrobras Renato Duque (Serviços), Jorge Zelada (Área Internacional) e Nestor Cerveró (Área Internacional). Até julho, porém, o número de empregados e ex-empregados da Petrobras sendo investigados chegava a 58.

Caso sejam considerados culpados ao fim das investigações, os servidores podem receber penas que vão desde uma simples advertência até demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargos em comissão ou de funções comissionadas, além de ficarem inelegíveis por oito anos, nos termos da Lei da Ficha Limpa.