GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em um esforço para evitar um novo revés, o Palácio do Planalto tem atuado na manhã desta quarta-feira (7) para garantir quorum na sessão no Congresso Nacional para votação dos vetos presidenciais. Os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) têm entrado em contato individualmente com as lideranças da base aliada para pedir a presença de deputados e senadores na votação marcada para as 11h30. Se forem derrubadas pelo Congresso Nacional, as medidas podem ter um impacto de R$ 63,2 bilhões para os cofres públicos até 2019. Nesta terça-feira (6), após a votação ter sido adiada por falta de quorum, o núcleo político convocou uma reunião com os líderes da base aliada no Palácio do Planalto. No encontro, o governo federal quis saber o motivo da ausência de deputados e senadores no plenário e recebeu como resposta a dificuldade de obter quorum em uma terça-feira pela manhã, quando os parlamentares costumam estar em deslocamento de suas bases eleitorais para a capital federal. O esforço para garantir a manutenção dos vetos presidenciais tem passado até mesmo pelo vice-presidente Michel Temer. Na terça, ele se reuniu com os deputados federais Laudívio Carvalho (PMDB-MG) e Edinho Bez (PMDB-SC). Nesta quarta, ele tem encontros com Osmar Terra (PMDB-RS) e Josi Nunes (PMDB-TO). Os quatro assinaram manifesto na semana passada no qual se posicionaram contra o apoio ao governo federal e a indicação de nomes do partido para a Esplanada dos Ministérios. Na sessão de terça, o Senado Federal garantiu quorum, com a presença de 54 dos 81 senadores, mas apenas 196 dos 513 deputados federais compareceram, quando o mínimo era de 257. Somente 34 dos 66 deputados do PMDB marcaram presença -quase metade dos peemedebistas não compareceram ao Congresso Nacional. No Senado Federal, 14 dos 18 peemedebistas estavam no plenário.