SÉRGIO RANGEL, ENVIADO ESPECIAL
SANTIAGO, CHILE (FOLHAPRESS) – Sem nunca ter perdido como treinador para os chilenos, Dunga disse nesta quarta (7) que a seleção brasileira não vai ficar na retranca na abertura das eliminatórias.
O técnico afirmou que o time nacional vai adotar a tática de um pugilista no Estádio Nacional, na quinta (8).
“O futebol moderno tem nos demonstrado que só se defender não dá certo. Hoje, com a qualidade dos atacantes, dos chutes de média e longa distância, temos que atacar como faz um pugilista. Se ele ficar só se defendendo, uma hora vão acertá-lo. No futebol também é assim. Temos que manter o equilíbrio entre a defesa e o ataque”, afirmou o treinador.
Apesar da boa fase dos chilenos, os atuais campeões da Copa América, Dunga coleciona apenas vitórias contra os adversários desta quinta.
Ele acumula sete vitórias contra os chilenos nos seus dois períodos como treinador da seleção.
Dunga venceu com facilidade na maioria das vezes. A série de resultados positivos começou com uma goleada de 4 a 0, em 2007, na Suécia.
Desde então, o time marcou 24 gols e sofreu apenas três. A maior goleada foi na Copa América da Venezuela, também em 2007. Na segunda partida entre as duas seleções no torneio, os brasileiros venceram por 6 a 1. Antes, a equipe de Dunga ganhou por 3 a 0.
No Mundial da África do Sul, a seleção obteve outra vitória fácil frente aos chilenos, por 3 a 0, em Johannesburgo. Na partida seguinte, o time foi eliminado pela Holanda, por 2 a 1.
Nas últimas eliminatórias para a Copa de 2010, o Chile perdeu para os brasileiros duas vezes: 3 a 0, em 2008, no Estádio Nacional, e 4 a 2, em Salvador, em 2009.
Neste ano, as duas equipes voltaram a se enfrentar, em março. Foi o confronto mais difícil da era Dunga contra os chilenos. Em Londres, a seleção venceu por 1 a 0.
Apesar do retrospecto positivo, o treinador nega vantagem da seleção nesta quinta.
“Essa é outra fase, um momento diferente para a equipe do Chile. Não adianta falar [sobre isso], tem que jogar”, afirmou Dunga.
Após a conquista da Copa América, em junho, o Chile se tornou um dos favoritos para ficar com uma das vagas em jogo nas eliminatórias.