Após ter as contas de 2014 rejeitadas pela unanimidade dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), a presidente Dilma Rousseff, que assistiu ao julgamento do Palácio da Alvorada, encarou a decisão como mais um golpe para alimentar a oposição.

Com a prospecção de abertura de processo de impeachment, ela afirmou que defenderá o mandato até o fim. Não existe nada contra mim. Não posso pagar pelo que não fiz, disse ela, segundo relato de um ministro ao jornal O Estado de S. Paulo.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (7), após julgamento da corte, a Secretaria de Comunicação da Presidência disse que o parecer com a recomendação do TCU pela rejeição das contas no Congresso ainda será submetido à ampla discussão e deliberação dos parlamentares.

A estratégia do governo será tentar barrar os pedidos de impeachment que tramitam na Comissão Mista de Orçamento. O colegiado deve receber a recomendação do TCU antes de submetê-la a apreciação do Congresso. Segundo reportagem, o Planalto já está traçando quem da comissão, encarregada de produzir novo relatório, poderá ou não concordar com o veredicto do tribunal.