O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou nesta sexta-feira (9) que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e parentes têm contas bancárias na Suíça.

A confirmação foi feita a deputados federais do PSOL. Na última semana, o partido havia apresentado questionamentos a Cunha sobre uma denúncia de que ele e alguns parentes teriam depósitos em contas bancárias na Suíça que somariam perto de US$ 5 milhões.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), as contas bancárias de Cunha foram bloqueadas por autoridades suíças. De acordo com o documento encaminhado ao PSOL e assinado pelo procurador, o presidente da Câmara é investigado por lavagem de dinheiro e corrupção, segundo o Ministério Público suíço.

Mais cedo, ainda nesta sexta, Cunha havia negado que tinha contas na Suíça e minimizou a pressão do PSOL. “São os meus desafetos contumazes, principalmente aqui do Rio de Janeiro. Eles já haviam entrado com 10 mandados de segurança no Supremo quando votamos a redução da maioridade penal, quando entrou com financiamento privado de campanha, declarou.

Contudo, investigadores da Suíça encontraram a assinatura do presidente da Câmara em documentos bancários e de empresas atribuídas a ele, atestando o vínculo do deputado como beneficiário dessas contas e de seus valores. A documentação faz parte do material enviado pelo Ministério Público da Suíça à PGR.

Com base nas informações da PGR, o PSOL informa que representará contra Cunha, na próxima terça-feira (13), no Conselho de Ética da Câmara.