LEANDRO COLON LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) – As autoridades holandesas vão divulgar nesta terça-feira (13) o relatório final da investigação sobre a queda do voo MH17, que caiu no ano passado no leste da Ucrânia com 298 pessoas a bordo. A expectativa é que a conclusão aponte que o avião, um Boeing-777 da Malaysia Airlines, foi derrubado por um míssil -não se sabe ainda se confirmará o envolvimento do sistema de mísseis russo Buk.

Relatório preliminar divulgado em setembro do ano passado já afirmou que o avião caiu após ser atingido por “objetos externos”. De acordo com os investigadores, não houve falha humana da tripulação ou problemas técnicos na aeronave.

O relatório final desta terça-feira, no entanto, não vai apontar responsáveis pela ação que atingiu o avião. “A resposta para esta questão é da investigação criminal”, diz o “Dutch Safety Board”, órgão de investigação de acidentes aéreos da Holanda responsável pelo trabalho. Das vítimas, 193 eram holandesas. O avião fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur.

O Boeing-777 caiu em 17 de julho de 2014 na vila de Grabove, perto de Torez, no leste ucraniano, região de conflito. A região é controlada por separatistas pró-Rússia, suspeitos de terem lançado o míssil -algo que eles sempre negaram. A queda do Boeing agravou o conflito e influenciou a decisão da União Europeia e dos EUA de impor sanções econômicas à Rússia. A previsão é que o relatório seja divulgado às 13h45 (8h45, horário de Brasília). Pouco antes, os parentes das vitimas serão informados do seu conteúdo.

Segundo o “Dutch Safety Board”, o relatório focará em quatro temas: as causas da queda, a questão de um voo naquele espaço aéreo, o motivo pelo qual as autoridades holandesas levaram de dois a quatro dias para confirmar a morte dos passageiros e se os passageiros tiveram consciência ou não de que o avião havia sido atingido. Uma reconstrução do avião derrubado deve ser apresentada, junto a um vídeo explicando as descobertas da investigação.