O delegado Rubens Recalcatti,  atualmente na Divisão de Crimes Contra o Patrimônio, da Polícia Civil do Paraná, foi preso na manhã desta terça-feira (13) na operação Aquiles  do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Outros sete policiais civis foram detidos. As prisão são temporárias e são resultado de uma investigação de 6 meses. A  investigação é sobre uma morte na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Recalcatti ocupou vários cargos na Polícia Civil e foi cotado para assumir a Secretaria de segurança Pública do Paraná mais de uma vez, a última na saída de Fernando Francisquini em abril. Ele foi candidato a deputado estadual e obteve mais de 50 mil votos, se tornando suplente de deputado estadual pelo PSD.

A informação foi confirmada pelo próprio advogado de Recalcatti, Cláudio Dalledone, à Rádio Globo Curitiba.  Segundo Daledone, a prisão teria relação com assassinato de João Dirceu Nazzari, conhecido como João da Brascal, em Rio Branco do Sul. O advogado Cláudio Dalledone ainda disse que o motivo da prisão do delegado é a suspeita de participação na morte de um dos assassinos do ex-prefeito.

Recalcatti é suspeito de ter matado o suspeito de assassinar o ex-prefeito durante um churrasco, que de acordo com o inquérito policial teria sido causada durante um confronto com a polícia. Conforme declarações do coordenador do Gaeco, Leonor Batisti, à reportagem do Paraná TV 2ª  Edição, da RPCTV, o inquérito estaria cheio de imperfeições. 

No entanto, testemunhas ouvidas pelo Ministério Público alegam que a vítima não teria reagido a abordagem feita na casa dele. Testemunhas relataram que os policiais chegaram a casa da vítima, teriam batido nele e o levado para os fundos da casa, de onde, minutos depois, ouviram o barulho de tiros. 

Por meio de nota, a Polícia Civil informa que já realizava a investigação deste caso. Além disso, afirma que vai acompanhar a conclusão da operação para colaborar com o que for necessário para o esclarecimento completo dos fatos.

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol), João Ricardo Noronha, defendeu Recalcatti. “Em momento algum ele se furtou de dar qualquer explicação e estar presente em todos os atos que ele foi solicitado. Então, isso se traduz em uma medida extremamente radical, uma medida midiática e censurável”, declarou Noronha ao portal G1.

Atualizada às 19h45