A venda de ou distribuição gratuita de bebidas energéticas a menores de 18 anos em estabelecimentos comerciais pode ser proibida em Curitiba. A proposta foi apresentada pelo vereador José Carlos Chicarelli (PSDC) na Câmara Municipal. Esse tipo de bebida, além de causar hiperatividade, pode servir como porta de entrada para o consumo excessivo de álcool e de outras drogas, contribuindo para a dependência química, justifica Chicarelli.

A proposta estabelece também que os estabelecimentos afixem um cartaz com informações sobre a proibição da venda para menores e estipula sanções em caso de descumprimento das previsões do projeto. A primeira situação flagrada poderá ser punida com uma advertência por escrito e com a notificação ao infrator para que resolva a irregularidade. A reincidência poderá acarretar multa no valor de um salário mínimo. A terceira ocorrência poderá gerar multa de dez salários mínimos e suspensão do alvará de funcionamento por um ano.

Segundo Chicarelli, aumentou o consumo das bebidas energéticas entre os jovens. No Brasil, a venda de energéticos aumentou de 20,8 milhões de litros em 2002 para 118,5 milhões de litros em 2011, ou seja, seis vezes, frisou, mencionando pesquisa publicada pela revista da Associação Médica Brasileira, que indica que o consumo dos energéticos é associado ao de bebidas alcoólicas em 76% dos casos.

Para o público jovem, o grande efeito dessas bebidas deve-se à mistura com o álcool, o que pode ser muito perigoso, uma vez que a pessoa que o consome pode não perceber os sinais de intoxicação alcoólica e, com isso, aumentar os riscos de acidentes, assim como a dependência do álcool, justifica.