A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve aumento de 5,16% no Paraná ante o mês imediatamente anterior, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). O indicador passou de 89,1 pontos em setembro para 93,7 pontos neste mês. No entanto, na comparação com outubro de 2014, que marcava 132,3 pontos, houve redução de -29,17%. 

A ICF nacional registrou quedas de -1,8% (78,4 pontos) na comparação com setembro e de -35,5% em relação a outubro do ano passado, quando era 121,5 pontos. Tanto no contexto nacional como no estadual, o indicador ainda abaixo do ideal. Por estar abaixo de 100 pontos, deve ser interpretado como negativo.

De acordo com o presidente da Fecomércio PR, Darci Piana, a melhora da ICF no Paraná é pontual, após quedas consecutivas do indicador, mas já traz esperanças para os empresários do comércio. Deve-se levar em conta que os fatores conjunturais de cunho restritivo continuam presentes no contexto econômico, tais como os acréscimos tributários, juros altos e a taxa cambial desfavorável. Como o desemprego ainda não atingiu tão gravemente nosso Estado, o indicador de consumo está um pouco melhor do que a média nacional, o que pode vir a ser um fator de ânimo para os comerciantes paranaenses, avalia.

Emprego —A situação atual no emprego é definida como mais segura para 34,7% das famílias, mas no mesmo período de 2014, essa opinião era compartilhada por 51,1% dos entrevistados. Os que se declaram menos seguros com relação ao emprego somam 20,3%, receio demonstrado por apenas 9,1% no ano passado.  Ainda assim, há perspectiva de melhoria salarial ou de cargo para 36,5% dos paranaenses.

Situação de Renda  —A situação da renda é considerada melhor para 67,8% dos consumidores de maneira geral em comparação ao mesmo período de 2014. Para as famílias com renda até dez salários mínimos, o percentual é de 68,2%. Nas classes de maior renda, 65,5% disseram estar financeiramente melhor do que no ano anterior. Outros 20,6% estão com rendimentos semelhantes aos do ano passado e 13,5% disseram que a situação financeira está pior. Em outubro de 2014, apenas 6,15% relatavam piora na renda.

Acesso a crédito —O acesso ao crédito ou empréstimo é considerado mais fácil para apenas 27,7% das famílias, bem diferente do mesmo período do ano passado, quando esse percentual era de 64,5%.

Consumo atual — A maioria dos entrevistados, 57,4%, disse estar comprando menos, enquanto apenas 21,5% aumentaram os gastos. Os que não mudaram seu padrão de consumo somam 20,8%.

Momento para consumo de bens duráveis — Para 59,6% das famílias este ainda é um bom momento para a aquisição de bens duráveis, como eletrodomésticos, aparelhos de TV, som, etc. Em outubro do ano passado esse percentual