SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça (27) mostra que só 8,8% dos entrevistados disseram considerar bom o governo da presidente Dilma Rousseff, contra 70% que afirmaram o oposto. Para 20,4%, a administração federal é regular. Em relação ao levantamento anterior, em julho, houve uma oscilação dentro da margem de erro favorável ao Planalto -antes, 70,9% avaliavam mal o governo da petista, e 7,7% tinham uma percepção positiva sobre sua gestão. Quanto ao desempenho pessoal da presidente, 80,7% disseram disseram desaprová-la, contra 15,9% que a avaliaram bem. As investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras já são conhecidas pela maioria dos entrevistados -87,2% disseram acompanhar ou já ter ouvido falar do caso. Neste grupo, 69,2% dizem consideram Dilma culpada pelas irregularidades, percentual semelhante ao atingido pelo ex-presidente Lula (68,4%). A pesquisa apontou ainda reflexos da crise econômica na percepção dos entrevistados: 52,7% dizem temer ficar desempregados, e oito em cada dez entrevistados conhecem alguém que perdeu o emprego nos últimos seis meses. CENÁRIOS PARA 2018 O levantamento CNT/MDA também inquiriu os entrevistados sobre a disputa à Presidência da República em 2018. Quando não foi apresentado nenhum nome, a maioria (13,7%) citou espontaneamente o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como candidato de preferência. Outros 7,9% citaram Lula e 4,7%, a ex-senadora Marina Silva (PSB). Dilma foi lembrada por 1,8%. Também foram testados três cenários para o primeiro turno em 2018, todos com Marina e Lula, alternando apenas os candidatos tucanos. Com Aécio no páreo, a maioria (32%) opta pelo senador, à frente de Lula (21,6%) e Marina (21,3%). Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSBD), perderia para os dois: com 19,9% da preferência, fica atrás de Lula (23,1%) e de Marina (27,8%). A fundadora do Rede Sustentabilidade também assume a liderança em um cenário de disputa com José Serra: Marina venceria por 27,9%, à frente de Lula (23,5%) e do senador tucano (19,6%). Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 136 municípios de 24 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.