De 23 a 25 de novembro, Curitiba vai sediar a 1ª Jornada Nacional Mulher Viver Sem Violência e trará para a cidade palestrantes que são referências nacionais no debate, na produção de conhecimentos e nas políticas públicas de enfrentamento da violência contra as mulheres.

Para a abertura do evento, está confirmada a participação da bioquímica e farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes. O drama vivido por ela, tanto pela brutalidade sofrida nas mãos do ex-marido, quanto pela luta de quase 20 anos contra a impunidade dos crimes praticados pelo agressor, motivou a criação da lei 11.340/2006, que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil (Lei Maria da Penha).

A jornada é promovida pela Prefeitura de Curitiba, Universidade Positivo (UP), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC), com apoio da Itaipu Binacional e do Núcleo de Direitos Humanos da Pontifícia Universidade Católica de Curitiba (PUC-PR), e patrocínio dos Correios.

Além de palestras e conferências, a 1ª Jornada Nacional Mulher Viver Sem Violência promoverá uma mostra dos trabalhos acadêmicos que tratam da violência contra as mulheres, por meio de workshops e oficinas ligadas ao tema. Entre os palestrantes convidados para os grandes debates estão a pesquisadora e antropóloga Beatriz Accioly, que enfatiza o papel dos meios de comunicação no combate à cultura da violência contra a mulher; a jornalista e blogueira Juliana de Faria, criadora da campanha Chega de Fiu-fiu; a médica e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Ana Flávia D’Oliveira, que abordará o tema da violência contra as mulheres sob a perspectiva da saúde; a secretária especial de enfrentamento da violência contra as mulheres do governo federal, Aparecida Gonçalves, para tratar das políticas públicas e ações de governos, e a antropóloga Rita Laura Segato, da Universidade de Brasília (UnB), especialista em cultura da não-violência.

A abertura acontecerá na noite de 23 de novembro, a partir das 19 horas, no Estação Convention Center. No dia 24 de novembro e no dia 25, pela manhã, a programação da jornada acontecerá no campus da Universidade Positivo, no bairro do Campo Comprido. No dia 25, a partir da tarde e à noite, a programação prossegue nas dependências da Universidade Federal do Paraná, com atividades no Prédio Histórico e na Faculdade de Direito da UFPR, que fica na praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba.

O evento é voltado para a comunidade acadêmica, estudantes e pesquisadores, para profissionais dos organismos que integram a rede de atenção às mulheres em situação de violência, ativistas dos movimentos sociais e demais pessoas interessadas.

Dias de Ativismo

A 1ª Jornada Nacional Mulher Viver Sem Violência integra o calendário da mobilização mundial dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. No mundo inteiro, as atividades de sensibilização e de conscientização a respeito do tema acontecem do dia 25 de novembro, que é o dia internacional da não-violência às mulheres, até o dia 10 de dezembro, data-símbolo da luta em favor dos Direitos Humanos. No Brasil, por causa da dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras, os dias de ativismo se iniciam em 20 de novembro, que é o dia nacional da consciência negra.

Para conferir a programação completa da 1ª Jornada Nacional “Mulher Viver Sem Violência”, participar ou inscrever trabalhos, basta acessar o hotsite do evento:

http://www.up.edu.br/i-jornada-nacional-mulher-viver-sem-violencia