Na contramão da tendência nacional, a produção industrial do Paraná avançou 5,1% em setembro, frente ao desempenho de apresentado pelo setor em agosto, segundo a Pesquisa Mensal divulgada nesta terça-feira, 10,pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse desempenho, o setor recuperou parte da perda de 8,4% acumulada nos meses de julho e agosto deste ano. Além do Paraná, houve avanço no Pará  de 12,6%, que eliminou  o recuo de 5,2% verificado no mês anterior. Os demais resultados positivos foram registrados por Espírito Santo (1,3%) e Amazonas (0,1%). 

Nos demais estados, houve uma redução de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de agosto para setembro de 2015, série com ajuste sazonal, foi acompanhada por dez dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais intensos registrados por Bahia (-7,6%) e Rio de Janeiro (-6,6%). Assim, o primeiro local intensificou o ritmo de queda assinalado em agosto (-1,7%); e o segundo mostrou a redução mais acentuada desde janeiro de 2012 (-12,7%) e acumulou perda de 8,2% desde junho.

 

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria nacional apontou queda de 1,3% no trimestre encerrado em setembro de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, 11 locais mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Rio de Janeiro (-2,5%), Paraná (-1,3%), Amazonas (-1,2%), São Paulo (-1,2%), Bahia (-1,2%), Ceará (-1,0%) e Minas Gerais (-1,0%). Por outro lado, Pará, com expansão de 2,4%, registrou o principal avanço em setembro de 2015.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 10,9% em setembro de 2015, com 12 dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que setembro de 2015 (21 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22).

Nesse mês, o recuo mais intenso foi registrado pelo Rio Grande do Sul (-19,7%), pressionado, em grande parte, pela queda na produção dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias, de máquinas e equipamentos, de metalurgia e de produtos do fumo. Amazonas (-13,1%), São Paulo (-12,8%), Ceará (-11,9%), Santa Catarina (-11,6%), Rio de Janeiro (-11,2%) e Minas Gerais (-11,1%) também apontaram resultados negativos mais acentuados do que a média nacional (-10,9%). Bahia (-9,0%), Paraná (-7,8%), Região Nordeste (-7,4%), Pernambuco (-7,2%) e Goiás (-4,7%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas nesse mês.

Por outro lado, Mato Grosso (18,3%) e Pará (12,3%) assinalaram os maiores avanços nesse mês, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo dos setores de produtos alimentícios e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, no primeiro local; e de indústrias extrativas, no segundo. Espírito Santo, com ligeira variação de 0,1%, também mostrou taxa positiva em setembro de 2015.

Na comparação entre os trimestres, os sinais de diminuição no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do índice do segundo trimestre do ano com o resultado do período julho-setembro de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que 11 dos 15 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de -6,5% para -9,5%.

Nesse mesmo tipo de confronto, Espírito Santo (de 13,9% para 1,5%), Paraná (de -2,3% para -10,5%), Rio de Janeiro (de -3,2% para -7,8%), Santa Catarina (de -5,5% para -9,6%), Amazonas (de -11,3% para -15,0%) e Rio Grande do Sul (de -9,5% para -12,5%) apontaram as maiores perdas, enquanto Mato Grosso (de -2,4% para 8,1%) e Bahia (de -4,9% para -1,7%) assinalaram os principais ganhos de ritmo entre os dois períodos.

No indicador acumulado para o período janeiro-setembro de 2015, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou 12 dos 15 locais pesquisados, com cinco recuando com intensidade superior à média nacional (-7,4%): Amazonas (-14,5%), Rio Grande do Sul (-11,1%), São Paulo (-10,2%), Ceará (-9,5%) e Paraná (-7,8%). Santa Catarina (-7,4%), Minas Gerais (-7,2%), Bahia (-6,1%), Rio de Janeiro (-5,7%), Região Nordeste (-4,3%), Pernambuco (-3,3%) e Goiás (-1,0%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos nove meses do ano. Por outro lado, Espírito Santo (11,3%) e Pará (6,2%) assinalaram os avanços mais intensos no índice acumulado no ano, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo, enquanto Mato Grosso (3,2%) mostrou crescimento mais moderado.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 6,5% em setembro de 2015 para o total da indústria nacional, assinalou a perda mais intensa desde dezembro de 2009 (-7,1%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%). Em termos regionais, 11 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em setembro de 2015, e 12 apontaram menor dinamismo frente ao índice de agosto. As principais reduções de ritmo entre agosto e setembro foram registradas por Rio Grande do Sul (de -7,4% para -9,3%), Espírito Santo (de 13,1% para 11,5%), Goiás (de 2,0% para 0,5%), Santa Catarina (de -5,2% para -6,4%), Pernambuco (de -2,6% para -3,8%) e Ceará (de -7,3% para -8,4%), enquanto Mato Grosso (de 2,5% para 3,9%) mostrou o maior ganho entre os dois períodos.