A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deteve por crime ambiental três motoristas de caminhões de uma empresa terceirizada que presta serviço aos Correios na noite desta quarta-feira (11).

Uma equipe da PRF abordou o comboio na BR 116, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba (PR).

Nas cabines dos três veículos, os policiais rodoviários federais localizaram dispositivos eletrônicos que permitem o desligamento do aditivo Arla 32, composto químico de uso obrigatório, injetado no sistema de escapamento de caminhões com o objetivo de reduzir a poluição atmosférica.

Os três veículos pertencem à empresa Transpanorama Transportes Ltda, com sede em Maringá (PR).

Adulterar o sistema para evitar o uso de Arla 32 e assim economizar custos é uma conduta criminosa enquadrada no artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais. A pena para o crime é de um a cinco anos de reclusão.

Os três caminhões ainda estão retidos na Unidade Operacional Taquari da PRF, à espera da perícia.

Produzido a partir de ureia de alta pureza, o Arla (Agente Redutor Líquido Automotivo) transforma óxido de nitrogênio em nitrogênio e vapor d’água, gases inofensivos para a saúde humana.

O item é obrigatório em ônibus e caminhões com motores do padrão chamado “Euro 5”, fabricados a partir de 2012, que já seguem a sétima fase do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). Sua utilização segue normas internacionais de restrição às emissões de poluentes.

A PRF encaminhou os três motoristas presos, com 25, 41 e 56 anos de idade, para a Delegacia da Polícia Civil em Campina Grande do Sul.