O ex-gerente executivo da Petrobras Roberto Gonçalves e o suposto operador financeiro Nelson Martins Ribeiro, presos na 20ª fase da Operação Lava Jato, fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), em Curitiba, por volta das 10h desta terça-feira (17). O procedimento é praxe após a prisão e durou pouco mais de dez minutos.

Ambos os investigados foram presos no estado do Rio de Janeiro e estão detidos na superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Eles são suspeitos de participação no esquema criminoso de fraude, corrupção e desvio de dinheiro. O objetivo da 20ª etapa da operação é buscar provas documentais sobre crimes cometidos dentro da petrolífera.

Gonçalves e Ribeiro foram presos temporariamente e o prazo vence nesta sexta-feira (20). A prisão poderá ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado.

O pedido deve ser feito tanto pela Polícia Federal (PF) quanto pelo Ministério Público Federal (MPF). A decisão cabe ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
James Walker Junior, advogado que representa Roberto Gonçalves, explicou que o cliente participava tecnicamente dos contratos firmados pela Petrobras. “Todas as gerências de todas as diretorias participam de todos os contratos da Petrobras. E ele, como um técnico, participou tecnicamente de todos estes contratos (…) Mas ele não teve ingerência em todos esses contratos”, disse o advogado.