Os movimentos sociais do Paraná promoveram, ontem, um ato pelo Dia da Não Violência Contra a Mulher. Militantes pediram o fim da impunidade e mais políticas públicas para combater o feminicídios e outras práticas constante de agressões contra as mulheres. O encontro aconteceu na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A cada duas horas uma mulher é assassinada no Brasil e uma em cada cinco mulheres já sofreu algum tipo de violência cometida por um homem. Enquanto isso, observamos uma total ausência de políticas públicas para prevenir estes crimes e ao mesmo identificar e punir os responsáveis pelos atos já cometidos, protesta a secretária da Mulher da CUT Paraná, Anacélie Azevedo.
De acordo com ela, somente na última década 43.500 mulheres foram assassinadas e cerca de 40% dos crimes aconteceram dentro de suas próprias casas. No segundo semestre de 2014 foram registradas 5.222 ocorrências de criems de violência doméstica e familiar, além de 45 homicídios. Acreditamos que este número seja bem mais expressivo já que há uma evidente subnotificação. As pesquisas mostram que quase 70% das vítimas não denunciam o agressor por medo, completa Anacélie.
Boca Maldita — Mais cedo, um grupo de estudantes também realizou um ato na Boca Maldita para alertar sobre a violência contra a mulher. além de representar peças sobre a agressão contra a mulher, também distribuiram material para a população.
No Palácio das Araucárias, visitantes que chegavam ao prédio pela foram também foram surpreendidos com uma dramatização que simulou situações de violência contra as mulheres. As cenas foram representadas por quatro casais de atores, que maquiados e vestindo roupas de diferentes estilos, mostraram que a violência contra a mulher é uma questão social e de saúde pública, que não distingue raça ou classe econômica.