A eleição de 12 de dezembro no Atlético Paranaense chegou a ter quatro chapas anunciadas. No entanto, a disputará será mesmo entre apenas dois grupos. Nessa quinta-feira (dia 26), o Movimento Atleticano, do ex-presidente José Carlos Farinhaki e do empresário Judas Tadeu Grassi Mendes, anunciou que não disputará mais o pleito.

Também nessa quinta-feira o vereador Paulo Rink confirmou que não lançará a chapa Mais Atlético e que fará parte do único grupo de oposição, o Atlético de Novo, que terá João Alfredo Costa Filho como candidato a presidente e Henrique Gaede concorrendo ao Conselho Deliberativo.

Em 18 de novembro, o empresário Nadim Andraus também trocou de chapa. Ele saiu do grupo de Farinhaki e aderiu ao Mais Atlético.

A situação terá o médico Sallim Emed, atual vice-presidente, como candidato à presidência. Mario Celso Petraglia, atual presidente, é candidato ao Conselho Deliberativo.

O prazo para inscrição de chapas termina em 2 de dezembro. Até agora, nenhuma chapa se inscreveu.

Veja abaixo a nota do grupo Movimento Atleticano sobre a desistência nas eleições:

MOVIMENTO ATLETICANO NÃO LANÇARÁ CHAPA

O Movimento Atleticano foi formado há mais de um ano e meio por discordar da maneira autoritária como a atual diretoria conduz os destinos do Atlético, com falta de transparência, e sem ouvir os sócios e os torcedores.

O Movimento Atleticano criou então a chapa Democracia Atleticana, a qual foi –por meios sorrateiros e não éticos – retirada do Movimento para se vincular a uma outra chapa, sem que os fundadores do Movimento tivessem sido consultados. Por questão de princípios e de valores que nos conduzem, os fundadores do Movimento Atleticano decidem não mais concorrer à eleição do Clube Atlético Paranaense a serem realizadas no próximo dia 12 de dezembro.

Porém, temos a certeza de que o Movimento contribuiu de forma muito efetiva para a democratização do Atlético, sobretudo nesse momento de importante definição eleitoral de nosso amado Clube.

Estejam certos os amigos atleticanos que o Movimento continuará atuando por um Atlético mais transparente, democrático e vitorioso. O Atlético não é propriedade de ninguém, a não ser de seus associados e torcedores que não medem esforços pelo querido Furacão. Infelizmente o distanciamento que hoje há entre o Clube e os torcedores trazem um enorme prejuízo para todos: não há ganhador. Não é concebível que um presidente, na iminência das eleições, decida trocar a nossa quase centenária grama natural sem ao menos consultar o Conselho Deliberativo; ou que não queira colorir o nosso estádio com as nossas cores rubro-negras. Não é possível que a presidência atual insista em cobrar valores que afastam os torcedores da nossa temida Baixada (neste ano o público será menor do que o de 2011, quando ainda existia a antiga Arena). É impressionante como tentam nos enganar com propostas eleitoreiras. Prometem títulos, mas em quatro anos não ganhamos nada além de um vergonhoso Torneio da Morte e uma inexpressiva Marbella Cup.

É por discordar de tudo isso que o Movimento Atleticano foi concebido, e, mesmo decidindo não lançar chapa, contribuiu para provocar mudanças que entende necessárias para a melhoria do Atlético. Diversas das propostas desenvolvidas pelo Movimento foram incorporadas por chapas que disputarão as próximas eleições.

Que Deus ilumine os dirigentes que a partir do dia 12 de dezembro comandarão o Atlético, para que tenham mais respeito, mais transparência e ajam mais democraticamente, pensando sempre nos torcedores, que querem voltar a sorrir e serem felizes com o Atlético que aprendemos a amar.