RUBENS VALENTE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Durou cerca de quatro horas o depoimento prestado nesta quinta-feira (26) pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) a dois procuradores da República e um delegado da Polícia Federal na sede da Superintendência da PF. Ele estava acompanhado por dois advogados. O termo do depoimento, que começou por volta das 15h e foi encerrado às 19h10, será anexado ao procedimento que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar obstrução à Justiça no caso Lava Jato.

O senador foi preso nesta quarta (25) sob suspeita de obstrução das investigações da Operação Lava Jato ao tentar interferir no acordo de delação premiada do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Desde a manhã desta quarta, quando foi desencadeada operação da PF, Delcídio está preso em uma sala administrativa da PF. De acordo com a legislação, o senador tem direito a ficar em uma sala especial. Delcídio foi preso por ordem do ministro Teori Zavascki porque senadores, deputados federais, ministros e outras autoridades só podem ser processadas e julgadas pelo STF, no chamado foro privilegiado. Desde outubro, Cerveró tentava um acordo de delação premiada, que acabou fechado no último dia 18.