NATÁLIA CANCIAN
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Instituto Evandro Chagas, do Pará, confirmou nesta sexta-feira (27) a primeira morte de um paciente identificado com infecção por zika vírus.
O paciente, porém, também tinha diagnóstico de artrite reumatoide e lúpus, uma doença que afeta o sistema imunológico, além de alcoolismo.
A suspeita é que, ao ter contraído a infecção por zika, o paciente não resistiu.
Segundo informações da Secretaria de Saúde do Maranhão, o homem, de 35 anos, morreu no dia 1º de junho deste ano, após dar entrada na unidade de pronto-atendimento do bairro Araçagi, em São Luís.
Procurado, o Ministério da Saúde disse que foi informado do resultado dos exames e vai analisar o material enviado pelo laboratório sobre o caso.
ZIKA VÍRUS
O zika vírus foi identificado no país em maio, após o início de investigações, no Nordeste, da ocorrência de uma “doença misteriosa” cujo principal sintoma eram manchas vermelhas no corpo e coceira.
Desde então, o vírus, que é transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, se espalhou pelo país e já atinge 18 Estados.
Inicialmente, registros apontavam a ocorrência de uma doença branda, com duração de até cinco dias.
Agora, o vírus é apontado como a principal hipótese para o aumento inesperado de casos de recém-nascidos de microcefalia, malformação no cérebro que pode trazer sequelas graves ao desenvolvimento da criança.
Em pouco mais de três meses, o país já contabiliza ao menos 739 casos suspeitos de microcefalia. A possível relação com o zika vírus começou a ser investigada após mães dos bebês informarem terem tido manchas no corpo durante a gestação.
Na Paraíba, exames feitos em duas gestantes que tiveram os fetos identificados com microcefalia confirmaram a presença do vírus no líquido amniótico que envolve os bebês.