CATIA SEABRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Para não amplificar as brigas internas, nem expor suas vísceras, a cúpula do PT avalia a possibilidade de debater a saída do líder do Governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), numa teleconferência. A medida evitaria um confronto direto dos dirigentes do partido, mas, caso a proposta vingue, o argumento oficial será o da economicidade e logística. A próxima reunião da executiva nacional do PT está programada só para o dia 17 de dezembro. E o presidente do partido, Rui Falcão, não quer que a situação se arraste até lá. Integrantes da CNB corrente liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestaram para outros dirigentes a disposição de votar pela expulsão de Delcídio. A corrente, porém, não se reuniu ainda para formalizar sua decisão. A CNB tem 11 das 21 vagas da executiva do PT. A Mensagem conta com quatro vagas e a Novo Rumo, com duas. O afastamento do partido enfrenta resistência do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que tem direito a voz na Executiva.